“Muitos da fisicalidade gaiana nos veem como seres extremamente agressivos, até mesmo mostrando um medo infundado com respeito a nossa formatação. Claro que os tubarões em seu planeta carregam traços marcantes com respeito à força, presença, coragem, astúcia e outras capacidades únicas deste modelo, deste veículo físico.
Contudo, nós tubarinos somos extremamente cordiais e leais para com aqueles que demonstram carinho e amor. Somos, é claro, grandes protetores e guerreiros da ordem e da paz. Atuamos, sim, em diversas batalhas no sistema estelar de Sirius, especificamente em nossa estrela natal, Sirius B. Por isso, muitos de vocês veem os tubarinos como “agressivos” ou “grandes guerreiros” brutais e selvagens que poderiam acabar com uma frente de batalha em segundos.
Essa não é mais a nossa realidade. De fato, mantemo-nos como guardiões da moral e da ética, sendo convocados por muitos para realizar trabalhos de escolta em frentes de diplomacia aquática, mas também em viagens de sementes estelares aquáticas para outros corpos. Ainda somos guardiões de portais marinhos, impedindo o acesso a seres aquáticos não alinhados com os mares internos da alma, bem como com a natureza plena dos planetas a serem acessados.
O que são os mares internos? Aqui, falamos a respeito do Eu Interior, da consciência e do amor. Os mares internos fazem parte da nossa filosofia de vida e acreditamos piamente que é impossível nos conectarmos a algo que está completamente agitado. O mar interno reflete o estado do ser, reflete como ele se comunica, como ele atua na sociedade como um todo. E para podermos acalmar esses mares, é necessário buscarmos os nossos refúgios internos.
Não adianta nadarmos contra a correnteza da nossa existência, contra as tormentas que sacodem o nosso interior! É necessário buscarmos a paz de uma caverna subaquática, onde possamos ver o que está abalando a nossa jornada emocional. Mas a nossa filosofia de vida não termina aí. Somos incansáveis e não paramos de nadar, sempre vivenciando o mundo ao nosso redor.
Nadar é prioritário para nós. Sem isso, não continuamos “vivos”. Não aceitamos a estagnação, não aceitamos parar por nada que nos aflija. Não, nós continuamos a nadar, na busca por paragens mais leves, onde possamos calmamente sentir as águas emocionais passando por nossa pele. Aceitamos a ajuda dos pequenos seres, que removem as sujeiras e os parasitos dos nossos corpos, ajudando no nosso desenvolvimento de forma mútua.
Logo, segundo a nossa filosofia, não devemos parar de nadar. Buscamos pelo nosso mar interior e, o mais importante, de forma mútua, permitimo-nos ser auxiliados pelos demais. No mar, não existe grande ou pequeno, não existe o mais poderoso e o mais fraco. Não. No mar, permanecemos ligados uns aos outros pelo grande oceano interior, que banha todos os seres. Conectem-se com os seus irmãos marinhos em Gaia e aceitem pertencer a essa irmandade. Com carinho e nadando sempre para caminhos melhores, Ikyrus.” – mentor tubarino da Fraternidade das Águas de Sirius.
Canalizado por João Sampaio