Algumas leituras de Registros Akáshicos que recebi ainda no ano de 2022 foram extremamente marcantes e cruciais para o que se seguiria nos próximos anos. Como costumo dizer, esses acessos são atemporais. Ao ouvi-los novamente, seja semanas, meses ou anos depois, vemos como tudo se desenrolou e compreendemos ao menos uma parcela da profundidade do que é transmitido ali. Na segunda metade de outubro de 2022, recebi um acesso particularmente emocionante e encorajador e gostaria de compartilhar com vocês uma parcela do que foi trazido.
Naquela vida, eu era um rapaz. Um peregrino que viajava até onde o meu coração me levava. Alguém que chegava para movimentar energias. A cena se abre numa antiga cidadezinha de interior, com casas simples, feitas de pedra e palha. Eu estava ali para mudar uma situação familiar. Como um estrangeiro, eu me uniria a uma família que precisava de ajuda. Dentro dessa família, que era numerosa, havia muitos conflitos emocionais e eu deveria levar luz para os seus integrantes.
Aproximei-me daquelas pessoas, com as quais fiz amizade, e passei a orientar o pai da família para que ele fosse capaz de lidar com o seu emocional e encontrasse um ponto de equilíbrio. Assim, com uma base bem estruturada, todos poderiam ficar bem. Eram cinco meninas e três meninos. A mãe estava doente, exausta após ter tido todas as crianças e pelo acúmulo de tarefas, mas era forte o suficiente para se recuperar. A partir de então, eu passei a trabalhar com o pai na lavoura da família e ajudei a colocar a comida na mesa para todas aquelas crianças, que tinham entre um e doze anos.
Com amor e bondade, assumi o compromisso que tinha com essa família, em particular com o pai, um amigo ou irmão a quem já auxiliei tantas vezes e por quem também fui auxiliada. Esse pai conseguiu se reorganizar, sua lavoura prosperou, seus filhos cresceram. Não havia escola naquele lugar. Então, eu me coloquei no papel de professor e ensinei a cada uma das crianças o necessário sobre a pureza, a sinceridade e o amor ao próximo. Após alguns anos, eu fui embora, pois o meu papel era peregrinar enquanto ajudava outras pessoas. Porém, essa jornada só poderia ser iniciada com esse pai, com esse irmão de outras vidas.
A cada vida, a cada estrada percorrida, eu me regenero um pouco mais. Aprendi a ouvir o meu coração, porque ele sempre me leva até os lugares e as pessoas que precisam da minha presença, do meu amor, do meu conhecimento e da minha luz. Quantas foram as vezes em que tentaram fazer com que eu desistisse… Naquela vida, eu tinha implantes em formatos de garras em meus joelhos, porque desejavam impedir que eu continuasse a minha caminhada. A dor era grande, contudo, eu nunca parei, pois eu tenho uma força maior dentro de mim para colocar o amor e o respeito no coração do próximo.
O meu papel é ir longe e caminhar o máximo que puder. O mentor que se apresentou naquela leitura disse: “Nunca pare. Ajoelhe e agradeça sempre. Nunca pare. Nunca perca as esperanças e sempre dissemine o amor, o respeito e a verdade. O fractal a ser acolhido é aquele da dor. A dor nem sempre é ruim. Ela é crescimento.”. Numa maca de pedra no fundo do mar, na presença dos delfinoides e dos arcturianos, garras de ferro foram retiradas dos meus joelhos. Aquele rapaz, que era eu, urrou de dor até que os arcturianos o acalmassem e o colocassem para dormir. O relaxamento finalmente veio e os mentores ficaram felizes pelo fato de que eu seria capaz de continuar a minha caminhada, levando o amor e a verdade por onde quer que eu passasse.
Hoje, eu reconheço que aquele pai a quem eu ajudei no início da minha jornada era o Mauro. Nós nos apoiamos e auxiliamos um ao outro há muito tempo, desde as histórias de Ízamo e Shankar. Ele e a sua família me receberam em sua casa num momento em que eu precisava de ajuda e a minha vida desmoronava. Eu não tinha bens materiais a oferecer para nenhum deles, mas eu tinha muito amor e boa vontade para ajudar. Dei o meu melhor todos os dias e somente nós sabemos as dores que carregávamos na forma de feridas abertas. Aos trancos e barrancos, como irmãos e amigos que somos, construímos uma base sólida o suficiente para estarmos onde estamos hoje.
Eu saí de Franca, no interior de São Paulo, lugar onde vivi por vinte e seis anos, e fui para o Rio de Janeiro. Terminei um relacionamento que durou oito anos. Finalizei o meu Mestrado com a escolha de que não seguiria para o Doutorado. Decidi mudar de profissão sem saber exatamente por qual estrada seguir. Com exceção de minha mãe, que sempre apoiou as minhas decisões, todos diziam que eu havia enlouquecido. Entretanto, escolhi seguir o meu coração e permaneci com o meu melhor amigo até que as nossas feridas cicatrizassem, nossas vidas estivessem mais bem estruturadas e eu pudesse seguir para um outro lugar, com uma nova família que precisava de mim.
Encontro-me em São Vicente, no litoral de São Paulo. Para onde a vida me levará daqui para frente, eu não sei. Sei apenas que o meu papel é ir até onde o meu coração me levar, independentemente do lugar de destino ou da rota traçada. Em minha jornada, eu jamais permiti que a dor me vencesse diante daquilo que o meu coração diz ser importante. Por vezes, eu me deparo com dificuldades em tomar decisões. No entanto, quando o meu coração escolhe, é como se tudo parasse e, de repente, eu sei exatamente o que fazer e para onde ir. Esta é a lição que levo comigo: há caminhos que somente o coração conhece!
Larissa Alves
Para atendimentos de leitura de registros akáshicos: Leitura Dos Registros Akashicos – Comando Shankar



